que podes contra este (eu) ?
vezes inóspito
outrora efêmero.
Este incansável não ser
incompreendido,
não atinge, mas o deseja ser.
floresce quando ainda está adormecido
que desejas encontrar neste (eu) ?
cansado do personagem
figurante
encenando roteiros obscuros
no palco cheio de sombras
de seres vazios,
sentindo-se um pequeno vagalume
apitando sua lanterna traseira.
que pensas deste (eu)?
que rasteja sob sua mediocridade
e suporta o peso discrepante
entre dois abismos;
a criança que nunca foi
e o adulto que não bateu à porta
este (eu) alimenta-se da metamorfose
assombrosa e perplexa do vir a ser
caminhando pelas linhas diformes,
assimétricas da dúvida,
neste paraíso encontrado
onde o que predomina é a questão.
onde o ser
e o não ser
foram, ambos, devorados.
Um comentário:
Talvez essa seja a melhor expressão ou impressão de nossas verdades, de nossas existências inteiras.
Parabéns! Você é, você existe e interage de forma que vale a pena.
Te amo!
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